O cirurgião Milton Seigi Hayashi explica que o bigode chinês, também conhecido como sulco naso-geniano, é uma das áreas mais desafiadoras de tratar na harmonização facial. Apesar de ser frequentemente associado ao envelhecimento, esse sulco pode aparecer em pessoas jovens, pois faz parte da anatomia natural do rosto. O grande desafio está em corrigir o bigode chinês sem comprometer a naturalidade da expressão facial.
Neste artigo, você vai compreender por que o bigode chinês se forma, quais tratamentos realmente funcionam, e por que algumas técnicas não apresentam resultados duradouros.
O que é o bigode chinês ou sulco naso-geniano?
O bigode chinês é o nome popular dado às linhas que se formam entre o nariz e o canto da boca, conhecidas tecnicamente como sulcos naso-genianos. Elas aparecem quando ocorre uma perda de sustentação e de volume facial, o que faz com que a pele deslize para baixo, acentuando as dobras.

De acordo com Hayashi, esse sulco não é necessariamente um sinal de envelhecimento. Muitas pessoas jovens também apresentam essa característica devido ao formato ósseo do rosto, à genética ou à forma como os músculos se movem durante as expressões faciais. Por estar localizada em uma região de intensa movimentação muscular, qualquer tratamento precisa ser cuidadosamente planejado para evitar resultados artificiais.
Por que o bigode chinês é difícil de corrigir?
O sulco naso-geniano é considerado uma das áreas mais complexas de tratar porque nenhum método isolado oferece uma correção perfeita e permanente. Hayashi explica que as técnicas mais antigas — como laser, toxina botulínica, fios de sustentação, silicone, teflon ou lifting facial — não costumam gerar resultados naturais e, em muitos casos, perdem o efeito rapidamente.
O motivo é simples: essa região sofre movimentação constante durante o sorriso, fala e mastigação. Assim, qualquer material aplicado tende a se deslocar com o tempo, reduzindo a durabilidade dos resultados. Por isso, os tratamentos devem priorizar a naturalidade e o equilíbrio, em vez de buscar a eliminação total da linha.
Quais são os tratamentos mais indicados atualmente?
Atualmente, as técnicas mais utilizadas para tratar o bigode chinês são o preenchimento com ácido hialurônico e o enxerto de gordura autóloga. O ácido hialurônico é um produto sintético, seguro e reabsorvível, que devolve volume e suaviza as rugas. Ele é aplicado com anestesia local, por meio de pequenas injeções, permitindo resultados imediatos e aspecto natural. No entanto, por ser uma área de grande movimentação, o efeito costuma durar cerca de 8 a 12 meses.
Já o enxerto de gordura utiliza o tecido do próprio paciente, retirado por lipoaspiração de regiões como o abdômen ou coxas. Após ser purificada, a gordura é injetada no sulco naso-geniano, promovendo preenchimento mais volumoso e duradouro. Além disso, a gordura contém células-tronco que ajudam a melhorar a qualidade da pele. Segundo Milton Seigi Hayashi, o ideal é combinar as duas técnicas, utilizando o enxerto de gordura para preencher o volume mais profundo e o ácido hialurônico para corrigir detalhes finos e pequenas irregularidades da superfície.
Por que escolher um especialista para tratar o bigode chinês?
Por ser uma área sensível e de movimentação constante, o tratamento do sulco naso-geniano deve ser realizado por um profissional experiente. O cirurgião plástico Milton Seigi Hayashi destaca que o domínio da anatomia facial é essencial para garantir segurança e resultados equilibrados. Um especialista saberá avaliar o grau do sulco, o tipo de pele e a estrutura facial do paciente, escolhendo a técnica e o volume ideais para cada caso. Por fim, o bigode chinês ou sulco naso-geniano é uma característica natural do rosto, mas que pode ser suavizada com técnicas modernas e seguras.
Autor: Inês Costa
